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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Desertificação atinge 90% da PB


"Pelo menos 90% do território paraibano passa pelo processo de desertificação", alertou o professor Bartolomeu Israel Souza, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O assunto foi discutido ontem em sessão especial da Assembleia Legislativa da Paraíba entre especialistas, deputados e representantes do Ministério do Meio Ambiente.

Um dos principais problemas ocasionados pela desertificação é o aumento das perdas econômicas, consequentemente, a população das cidades se torna mais pobre devido ao êxodo provocado pela aridez da zona rural. José Roberto de Lima, coordenador do Programa de Ação Nacional de Combate a Desertificação e Mitigação das Secas, destacou a perda da biodiversidade em consequência das mudanças climáticas como característica básica para formação de desertos. "Esses estudos não querem dizer que o fenômeno já exista, mas os sinais levam para a formação de desertos nas regiões do Cariri e Curimataú principalmente, por isso, precisamos fortalecer a discussão no sentido de alertar o poder público e chamar para a sua responsabilidade", disse.

Um dos principais desafios do governo federal, relatado por José Roberto, é promover o desenvolvimento com preservação e conservação ambiental para a melhoria das condições de vida das populações afetadas. "No Brasil, são afetados pela desertificação 1.482 municípios, onde vivem mais de 32 milhões de pessoas", concluiu.

A sessão especial foi proposta pelo deputado Carlos Batinga. O parlamentar destacou que na Paraíba mais de 200 municípios estão suscetíveis à desertificação. As regiões do Cariri, Agreste e Sertão apresentam maiores problemas. "É necessário repensar o semi-árido a partir de uma nova configuração e planejar ações estaduais para minimizar os problemas causados por esse fenômeno devastador", afirmou.

O governo do estado está em fase de elaboração de um projeto, incluído no Plano Estadual para Combate da Desertificação, para captar recursos na ordem de R$ 250 milhões oriundos do FundoNacional do Meio Ambiente, para aplicar em ações emergenciais de combate ao fenômeno da seca e formação de desertos. A previsão é para até o final do ano iniciar as execuções de combate a pobreza na região do semi-árido.

Os números relativos as áreas afetadas apresentados por especialistas têm difundido um alerta permanente ao poder público, como também, deixado a população extasiada. Porém, há algumas linhas de pensamento de alguns especialista que contrapõem esses dados, alegando inclusive não haver qualquer estudo científico que comprove desertificação no nordeste brasileiro. A partir de domingo, o Jornal O Norte, traz com exclusividade uma série de reportagens sobre o Cariri paraibano ocidental, difundindo o debate a cerca desse tema dentre outros assuntos como os aspectos culturais e geográficos da região.

Fonte: REBIA Nordeste / O Norte.
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